CineMarias

PAINEL – 04

Descolonizando o Brasil: história, narrativa anticolonial e a (re)existência de um país

Com a potência das que foram silenciadas num país construído em cima da escravidão e do apagamento histórico dos povos indígenas e africanos, vamos falar sobre narrativas anticoloniais e provocar a reflexão: “Brasil, é possível descolonizar a independência? Findar o marco zero e o mito da democracia racial? Decolonizar os povos originários?”

SESSÃO 1

Mostra Competitiva Capixaba

 

Antônia
Documentário | Colorido | 25 min | Cariacica | 2022 de Maria Zalem Ramiro

Classificação indicativa: Livre
Sinopse: ANTÔNIA é um documentário que tem como premissa essencial levar os espectadores a conhecer Maria Antônia Moura Silva, uma mulher negra e inspiradora da comunidade de Cariacica-ES, idealizadora da Casa Sol, referência capixaba em economia solidária.

Bestiário Invisível
Híbrido | Colorido | 13 min | Vitória | 2020 de Tatiane Rabelo e Rodrigo Linhales

Classificação indicativa: 12 anos
Sinopse: Bestiário Invisível é uma uma pequena coleção de corpos absurdos, monstros criados por um imaginário social heteronormativo compulsório e tóxico. Através de um deboche morfológico, lembramos que a vida pode ser cruel para uma pessoa LGBTQIAP+ que vive no Brasil. Esse é um filme que nos lembra que o simples fato de existir já é um grande ato de resistência.

As Minas
Ficção | Colorido | 18 min 16 seg | Vitória | 2020 de Brunella Alves

Classificação indicativa: Livre
Sinopse: O hip hop é um movimento de contestação social e expressão artística, mas desde o seu início no final dos anos 60, em Nova York, é visto como um meio machista. A participação feminina fica diante de uma invisibilidade e, por isso, desde então a mulher resiste nesse cenário. Hoje, ela já está tomando o espaço que sempre foi dela também e está representando o movimento com todo o seu empoderamento. Entre tantas mulheres que fazem parte dessa cultura, na Grande Vitória alguns grupos ganham a cena. Conheça o Preta Roots, Melanina MCs, Coletivo DasMina e Conexão Flow.

Recolhimento: Primeiro Estágio
Videoarte | Colorido | 53 seg | Vitória | 2021 de Thais Rodrigues

Classificação indicativa: Livre
Sinopse: Qual o curso da memória quando ela nos abriga a responsabilidade por estarmos vivos? Crescimento e maturação? Talvez.

Tia Ciene
Documentário| Colorido | 8 min 36 seg | Vitória | 2023 de Lais Reverte

Classificação indicativa: Livre
Sinopse: Com a mudança da família do interior do Rio de Janeiro para o norte e, posteriormente, centro do Espírito Santo, Tia Ciene conta a sua trajetória de vida que, junto a sua família, se estabeleceu na comunidade do Romão, em Vitória/ES e teve seu desenvolvimento atravessado pelo samba. Seu quintal se tornou ponto de encontro dos sambistas da comunidade e, falar de afeto, passa diretamente pela batucada.

Trinca-ferro
Ficção| Colorido | 17 min 40 seg | Vitória | 2023 de Fabiola Buzim

Classificação indicativa: 12 anos
Sinopse: Benjamin e Pia vivem isolados desde que a mãe da menina partiu. Enquanto ela passa pelas questões da transição para a pré-adolescência, ele tem na criação de pássaros a sua válvula de escape emocional. Tudo muda quando Pia pede um gato de presente de aniversário.

Bate-papo

Com realizadoras Mostra Capixaba

MASTERCLASS

Construção de Narrativas Afirmativas no audiovisual

Tendo a tela como território, lugar de afirmação de pluralidade e de representação dos imaginários possíveis, a masterclass ministrada por Lorenna Montenegro é um espaço para discutir sobre a construção das narrativas audiovisuais a partir de experiências do cinema e do streaming que envolvam personagens afirmativas em obras roteirizadas por profissionais pretes, indígenas e queers.

RODA DE BATE-PAPO

Cirandar: a força e a trajetória das matriarcas da cultura da terra

Com a presença da nossa homenageada e rainha da ciranda brasileira, Lia de Itamaracá, e as griôs capixabas de grande relevância para os territórios, histórias e a cultura negríndia do estado: Cacica Marcela Rocha (representante da cultura e etnia Tupinikim da Aldeia de Irajá em Aracruz), Jamilda Bento (representante da Associação de Paneleiras de Goiabeiras e do Grupo de Congo Panela de Barro), Gessi Cassiano (líder quilombola e criadora do Ponto de Memória Linharinho em Conceição da Barra)e mediação pela jornalista Elis Carvalho (influenciadora e apresentadora do Em Movimento da Rede Gazeta).

Homenagem Nacional Lia de Itamaracá

+ Premiação do Melhor Filme e Melhor Direção nas categorias Capixaba e Nacional

Uma homenagem à rainha da ciranda brasileira, Lia de Itamaracá, por toda a sua trajetória e resistência à frente da cultura brasileira + Premiação do Melhor Filme e Melhor Direção das mostras competitivas Nacional e Capixaba.

SHOWS MUSICAIS

AFRONTA

AFRONTA é o vulgo da travesti capixaba que nos últimos anos vem levando através de sua voz a potência do rap para diversos lugares do Brasil enquanto uma Mc. Em suas músicas e suas apresentações, a artista busca retratar o talento e a excelência de pessoas trans, pretas e periféricas. Sua arte é a própria definição do que seu nome significa.

CIRANDA DE LIA

Lia de Itamaracá, um dos grandes símbolos da identidade e cultura brasileira, considerada a “rainha da ciranda” começa sua trajetória revolucionando o próprio fazer da ciranda. Foi resistência num tempo em que as mulheres eram invisibilizadas e os homens, mestres cirandeiros, que ditavam a tradição. Ela tem 79 anos, nasceu na Ilha de Itamaracá e é cantora desde os 12. A artista, que também é dançarina e compositora e viveu a maior parte de sua vida do trabalho como merendeira em escola pública até ter seu sonho concretizado em se tornar uma artista reconhecida.

KATÚ MIRIM

Katú Mirim é uma mulher lésbica, Indígena, Rapper, compositora, atriz e criadora de conteúdo, reconhecida por suas letras, que através do rap/rock, reconta a história da colonização pela ótica indígena. Sua arte e conteúdos são sobre as temáticas que atravessam sua vida, identidade, gênero, lesbianidade e maternidade.

FESTA APARELHAGEM COM DJ JAMBOO

manifestação típica do Pará que traz uma mistura riquíssima de culturas musicais, como tecnobrega, funk e Pop Internacional com DJ Jamboo.
Diretamente do coração da capital Paraense, a Drag Jamboo, tem sets repletos de brasilidades, com atenção especial à toda tremedeira da música produzida no Norte e Nordeste do Brasil. “Ai Jamboo, minha boquinha tá tremendo!”, é o bordão da DJ Jamboo, e faz referência a cachaça de Jambu. Performando como DJ há seis anos, Jamboo iniciou sua trajetória em casas de shows LGBTQIA+ na Grande Vitória. Além do som incrível, ela é dona de um visual único e sua performance é um show à parte.