Credenciamento
PAINEL – 02
Corpos em disputa e o cinema decolonial
Em tempos de domínios e rupturas midiáticas, a tela nada mais é do que um território onde as relações de poder estão diretamente ligadas à construção simbólica do imaginário coletivo social. Pensando sobre isso, a mesa “Corpos em disputa e o cinema decolonial” vai refletir sobre a representação das nossas corpas na cena audiovisual comercial e independente, e de que forma o cinema contemporâneo pode contribuir para a legitimação de práticas decoloniais nesses espaços.
Karol Mendes
Graduada em Cinema e Audiovisual e mestranda em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo. Pesquisa sobre mulheres e direito à cidade, com recorte para mulheres negras. Realizadora audiovisual, atua como cineclubista, fotógrafa, roteirista e diretora. Dirigiu o documentário Riscadas em que levanta o debate acerca da arte urbana e o movimento feminista como ferramenta de enfrentamento a violência contra a mulher.
Roger Ghil
Mão de feitiço, Macumbeira. Bacharela em Cinema e Audiovisual y Mestranda em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), tem produções voltadas para os estudos anticoloniais, às religiosidades diaspóricas e às desobediências de gênero. Técnica em Logística pelo SENAI, realizadora audiovisual e produtora cultural. Corpo racializado e dissidente.
Izah Cândido
Baseado em Vitória há 12 anos, possui formação em Cinema e Audiovisual pela UFES. Ainda na graduação, atuou como pesquisador FAPES com o projeto ligado à representação negra no cinema e na telenovela brasileira. Compôs o coletivo de criação dos cineclubes Favela e Negrada. Atua como Educador e Produtor Cultural há cerca de 10 anos em longas e curtas-metragens, séries e outros produtos audiovisuais . Como realizador, dirigiu juntamente com Wanderson Viana a websérie Corpo-flor, em 2018. Atuou em inúmeros projetos como diretor de produção no curta “Procuro Teu Auxílio para Enterrar um Homem”, de Anderson Bardot, que teve sua estreia no International Festival Film Rotterdam (IFFR).
Afronta
AFRONTA é o vulgo da travesti capixaba que nos últimos anos vem levando através de sua voz a potência do rap para diversos lugares do Brasil enquanto uma Mc. Em suas músicas e suas apresentações, a artista busca retratar o talento e a excelência de pessoas trans, pretas e periféricas. Desde 2019, vem marcando o seu lugar no cenário artístico brasileiro enquanto uma Mc que compartilha de sua vivência através da força de suas rimas. Foi premiada Artista Revelação e Destaque LGBTQIA+ no Prêmio da Música Capixaba de 2022.
Maytê Hensso
Maytê Hensso é uma mulher trans afro-americana brasileira, natural de Maceió (AL), bacharel em dança pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Produtora em arte e cultura, diretora da Maytê Hensso Criações Artísticas e da Descalços Cia de Artes, é uma multiartista com empenho nos campos da Técnica, Criação e Roteirização em Dança, Artes Integradas e, atualmente, no Audiovisual, com foco nas linhas que interseccionam as configurações de gênero e sexualidade nas diversidades étnicas-raciais.
PALESTRA
“Aliança Sem Estereótipos na Publicidade” + Oficina Prática sobre personagens afirmativos na propaganda
PAINEL – 02
Formação ONU Mulheres: Por uma comunicação sem estereótipos
Tanto a palestra quanto a oficina prática irão refletir sobre a concepção e a invisibilização do gênero. O foco é olhar e pensar a comunicação como uma força motriz capaz de impulsionar mudanças positivas e erradicar as representações nocivas nas diferentes mídias. Durante a palestra será apresentada a Aliança Sem Estereótipos da ONU Mulheres e a pesquisa Todes, que mapeou como gênero e raça são representados pela publicidade brasileira.
Já a formação Por uma comunicação sem estereótipos é destinada a estudantes de publicidade e será a oportunidade para experimentar os conceitos trazidos pela Aliança na prática. Serão apresentados os 3 Ps para uma comunicação sem estereótipo, provocando um olhar e uma avaliação de uma obra publicitária a partir de perspectivas que os auxiliem a entender se aquela publicidade foi criada de forma estereotipada ou não.
Isabel Aquino
Publicitária, estrategista e pesquisadora com mais de 20 anos de experiência no mercado nacional. Desde 2017, coordena a pesquisa TODES, que mapeia como gênero, raça e outros grupos são representados pela publicidade, em parceria com a ONU Mulheres Brasil e a Aliança Sem Estereótipos, para quem presta consultoria técnica sobre diversidade na comunicação e estereótipos na propaganda.
Manoela Nodari
Publicitária, pesquisadora, doutora e mestre em Psicologia Social pela UFES. Atualmente, presta consultoria técnica ao programa Aliança Sem Estereótipos, vinculado à ONU Mulheres Brasil. Atua na área de Comunicação e Marketing, com experiência profissional em Gestão de marcas, Marketing, Pesquisa de Mercado e Planejamento Estratégico.
Cora Valentini
Atriz e produtora cultural com mais de 10 anos de experiência. É produtora executiva do +Mulheres Lideranças do Audiovisual Brasileiro, uma rede de colaboração entre mulheres líderes do setor, desde sua fundação em 2019, onde coordena os diversos projetos na construção de maior representatividade de mulheres, principalmente nos cargos de direção, roteiro e produção das obras audiovisuais.
PAINEL – 03
Trajetórias negríndias femininas e práticas de resistência na arte
No painel “Trajetórias negríndias femininas e práticas de resistência na arte” buscaremos conhecer um pouco dos caminhos de quatro mulheres que produzem arte a partir de diferentes olhares e movimentos. Em uma roda, elas irão trocar e tecer sobre suas trajetórias, seus corpos, territórios, práticas de resistência e algumas sementes preciosas de suas cestas de vida.
Jéssica Sampaio
Artista visual. Graduada em Artes Plásticas pela UFES. Desenvolve trabalhos artísticos multidisciplinares de vídeo-escrita-desenho, tendo a prática de caminhada na cidade como um dispositivo para pensar os conceitos de direito à cidade, gentrificação, favelização e colonização da paisagem na produção de conhecimento em arte.
Yuriê Perazzini
Mestranda em dança pela UFBA. Artista transdisciplinar que atua como coreógrafa, dançarina, professora, capoeirista, pesquisadora, gestora do Espaço Cultural Afro Casa Urbana e precursora das Street Dance no Espírito Santo. Criou o UDES, o primeiro coletivo de dança urbana do ES.
Sayma Puri
Sayma Puri é filósofa, educadora e multiartista indígena do povo puri em contexto urbano, é também uma das articuladoras da retomada Puri Xamum Orun no ES. Com formação autodidata
na música, desenvolve seu projeto de música autoral em centros culturais e bares da Grande Vitória.
Sulamita Marques
Sulamita é bióloga e artista. Atua em ecologia comportamental, música experimental, xilogravura, vídeo arte, escultura e escrita. É doutoranda em Ecologia pelo INPA. É bacharelanda em Artes Plásticas (UFES) e mestre em Ecologia (INPA).
SESSÃO 3
Corpos (in)Visíveis Sessão especial curadoria sobre o tema da Mostra 2023
ESCASSO
Ficção | Colorido | 15 min | RJ | 2022
Diretoras: Clara Anastácia e Gabriela Gaia
Sinopse: Um mockumentary político que nunca fala de política. Um filme excessivo, verborrágico, faminto e cômico. ESCASSO acompanha Rose, uma passeadora profissional de pets que apresenta sua nova casa para uma equipe documental enquanto celebra a realização de um sonho: o da casa própria, mesmo que invadida. Enquanto diz cuidar do imóvel e aguardar o retorno da proprietária, a nova “inquilina” cria intimidade com a casa, assumindo um estado de paixão pela dona ausente.
PANELEIRAS DE GOIABEIRAS – O CAMINHO DAS MÃOS
Documentário | Colorido | 16’32” min | ES| 2021
Diretores: Jamilda Bento, Ricardo Sá
Sinopse: O documentário acompanha dois momentos da vida das paneleiras de Goiabeiras. Durante e após a pandemia de covid, que paralisou as atividades do galpão , onde grande parte das paneleiras produziam e comercializavam suas panelas de barro, uma tradição de 4 séculos, que é mantida pela comunidade de Goiabeiras, em Vitória.
HERMANOS, AQUI ESTAMOS
Documentário | Colorido | 24’48” min | MT | 2021
Diretora: Jade rainho
Sinopse: “Hermanos, Aqui Estamos” é um documentário de curta-metragem que retrata a realidade e as histórias de vida de mulheres imigrantes da Venezuela em Cuiabá, MT, encontradas nos cruzamentos de grandes avenidas segurando placas com pedidos desesperados de ajuda, nas casas de abrigo e nas periferias da cidade – refugiadas da atual grande crise política, econômica e humanitária em seu país.
FIRMINA
Ficção | Colorido | 15 min | SP | 2023
Diretora: Izah Neiva
Sinopse: uma pintora idosa, ao mudar-se para seu novo apartamento, fica presa e incomunicável. Ao ouvir os gritos de socorro vindo do andar de baixo, ela precisa correr contra o tempo para salvar a vizinha.
SESSÃO 4
Mostra Nacional Competitiva
Espelho
Experimental |Colorido | 18 min | SE | 2022 de Luciana Oliveira
Classificação indicativa: Livre
Sinopse: Esperanza vivencia uma profunda confusão interna e psicológica. Na beira do rio segue um caminho para encontrar consigo mesma e sua espiritualidade.
Vãnh gõ tõ Laklãnõ
Documentário | Colorido | 25 min | SC | 2022 de Barbara Pettres, Flávia Person e Walderes Coctá Priprá
Classificação indicativa: 10 anos
Sinopse: Uma arqueóloga, um poeta, um pastor e kujá, uma professora e um rapper remontam a história do seu povo, os Laklãnõ/Xokleng, habitantes do sul do Brasil: o tempo do mato, a quase extinção, a retomada da língua e o protagonismo político contra o Marco Temporal.
Sinais Vermelhos
Documentário | Colorido | 15 min | RN | 2022 de Vânia Maria e Marcia Lohss
Classificação indicativa: 12 anos
Sinopse: Vânia Maria, uma versátil artista performática, compartilha sua experiência enquanto mulher soropositiva há mais de 20 anos. O documentário busca abordar sua convivência com o HIV+ fugindo de estereótipos historicamente construídos, apresentando-se como uma artista potente em um contínuo processo de cura.
Lilith
Documentário | Colorido / Preto e Branco | 15 min | PE | 2022 de Nayane Nayse
Classificação indicativa: 12 anos
Sinopse: Através dos arquivos e depoimentos da personagem principal, percebe-se as relações desiguais de poder, o peso da maternidade e como a construção de sentido é diversa. Usando alegorias e imagens de arquivo, Lilith expõe camadas que se fazem coletivas quando adentramos o universo patriarcal de uma casa numa cidade do interior, reforçando o estigma da mãe-mulher sobrecarregada.
Quando eu cheguei
Documentário | Colorido | 6 min 20seg | SC | 2023 de Romy Huber
Classificação indicativa: Livre
Sinopse: Um arquivo vivo disse que na praça atrás da igreja mais antiga da cidade haviam encontros de sapatões e o busto de uma mulher sobre o monólito.
Se Trans For Mar
Ficção | Colorido | 25 min | SP | 2022
de Cibele Appes
Classificação indicativa: 14 anos
Sinopse: No mar, Iara derrama o passado e os pensamentos que insistem em assombrá-la. Quando uma paixão balança sua vida, ela descobre que o amor romântico também pode ser um lugar possível para ela.
Bate-papo
Com realizadoras Mostra Nacional
Gabriela Alves
Professora do Departamento e do Mestrado em Comunicação Social da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. Doutora em Comunicação e Cultura (Eco/UFRJ), onde também concluiu Pós doutorado. Integra o grupo de pesquisa CIA (Comunicação, imagem e afeto/CNPq) e o LapVim (Laboratório de pesquisas sobre enfrentamento à violência contra mulheres/Ufes). Desenvolve pesquisas sobre audiovisualidades e claustros femininos. Realizadora audiovisual.
SESSÃO 5
Apresentação do Longa Convidado
Uýra – A Retomada da Floresta
Documentário, 72’, 12 anos
Sinopse: Uýra, uma artista trans indígena, viaja pela Amazônia em uma jornada de autodescoberta usando a arte performática para ensinar aos jovens indígenas que eles são os guardiões das mensagens ancestrais da floresta amazônica. Em um país que mata o maior número de jovens trans, indígenas e ambientalistas em todo o mundo, Uýra lidera um movimento crescente por meio das artes e da educação, ao mesmo tempo em que promove a união e inspira os movimentos LGBTQIA+ e ambientalistas no coração da Floresta Amazônica.
Juliana Curi
Diretora, roteirista e artista visual brasileira. Formada em jornalismo, iniciou sua carreira no departamento de criação da MTV Brasil. Vive atualmente nos EUA, onde é cofundadora do projeto social de inclusão EUETU Lab. Uýra: A Retomada da Floresta é seu primeiro longa-metragem.