Credenciamento
PAINEL – 02
Roda de conversa Composição indígena contemporânea como instrumento de memória” com Eloá Puri
Neste encontro, Eloá traz reflexões de seu último livro de poemas “Vermelho de Pele e Sangue” (Pedregulho, 2023) e conduzi o debate com provocações acerca do lugar da voz indígena e ocupação territorial através da palavra.
Vagas: 30
Eloá Puri
Eloá Puri é uma artista indígena que se destaca como cantora, compositora e escritora. Suas obras fazem referencia aos povos diaspóricos, resgatando a memória e ancestralidade com a sonoridade afro-indígena, trazendo elementos do Caparaó, onde nasceu, com a vivência de 10 anos em contexto urbano
Oficina ONU Mulheres:
Conectando mulheres, defendendo direitos – aspectos da atuação das mulheres defensoras de direitos humanos
A violência baseada em gênero limita a realização dos direitos humanos das mulheres defensoras de direitos humanos em sua diversidade, em todos os aspectos das suas vidas, muito além da esfera privada. Além disso, tem um grande impacto na participação das mulheres em diferentes áreas da sociedade e nas suas comunidades, na defesa e promoção de direitos, o que limita o progresso da própria democracia. Essa oficina tem como intuito abordar o conceito de defensoras de direitos humanos, os instrumentos normativos internacionais que garantem seus direitos, as principais causas de violência e ameaças que as atingem e as soluções adotadas pelas defensoras para sua segurança.
Vagas: 20.
Palestra Especial ONU Mulheres com Christiane Falcão: Mulheres na linha de frente na defesa de direitos no Brasil
As mulheres sempre estiveram na liderança dos movimentos por reivindicação de direitos. A diversidade de experiências das mulheres nos oferece expertises em diversos contextos em busca de um mundo mais igualitário. Mulheres negras, quilombolas, indígenas, romani, pescadoras, extrativistas, migrantes, jornalistas, advogadas, entre outras ativistas nos oferecem modelos de estar no mundo frente às crises globais sem deixar ninguém para trás. Ao mesmo tempo, infelizmente, essas mulheres são vítimas prioritárias de violência. Essa palestra tem como intuito abordar essas múltiplas experiências, as principais violações de direito a que estão suscetíveis e formas de proteção para salvaguardar suas vidas e atuação. Ao conhecermos melhor suas atuações, podemos colaborar para sua segurança.
Christiane Falcão
Christiane Falcão é uma mulher negra, mãe, nordestina e de axé. Atualmente é especialista de programa em Direitos Humanos na área de Inclusão Social para o desenvolvimento sustentável em ONU Mulheres Brasil, atuando principalmente nas pautas de enfrentamento à violência contra mulheres e meninas e no projeto “Conectando Mulheres, Defendendo Direitos. Formada em Comunicação Social (UFS), é especialista em Estado e Direito dos Povos e Comunidades Tradicionais (UFBA) e em Políticas Culturais de Base Comunitária (FLACSO). É mestre em Antropologia (UFPE e VRIJE), e Doutoranda em Comunicação e Cultura Contemporâneas (UFBA), pesquisando cinema documental político produzido por mulheres indígenas. Atuou como antropóloga em processos de demarcação territorial, processos de patrimonialização, cadastramentos socioeconômicos, e como consultora de políticas públicas de igualdade racial, para os povos e comunidades tradicionais.
Mostra competitiva capixaba + Bate papo com realizadores capixabas
Filmes
Prólogo. Direção: Natália Dornelas | Vitória,ES | Experimental | 4 min | 2023
Todos os corpos são vistos da mesma forma? “Prólogo” questiona a representação e o apagamento de corpos negros, sobretudo os corpos de mulheres negras, na arte e como esse corpos são lidos muitas vezes neste lugar de escuridão, da penumbra, do não visto.
Mulheres Maratimbas. Direção: Thais Helena Leite | Guarapari, ES | Doc. | 14 min 51` | 2024
A formação de uma pequena vila de pescadores artesanais entre o mar e a Lagoa Maembá, que foi fundada por uma mulher e teve exploração de areias monazíticas de sua praia, Porto Grande, para fins bélicos. História contada e filmada por mulheres.
Inexorável. Direção: Aline Galini | Vila Velha, ES | Ficção | 18 min | 2023
Uma repórter investigativa se vê envolvida em uma tragédia. Após um incidente de violência, ela assume uma jornada sombria, enfrentando um assassinato brutal.
Dias de pouco pão e zero sonho. Direção: Sáskia Sá | Vitória, ES| Ficção/fantasia | 17 min | 2024
“A primeira vez que eu vi você, Rosa, foi num dia quente do começo do verão. As ruas do centro de Vitória ferviam sob uma onda de calor capaz de derreter asfalto…” Naquela manhã, quando Damiana viu Rosa entrar na sua loja, a decisão tomada a tempos de nunca interferir no destino de alguém se rompeu. “Dias de pouco pão e zero sonho” segue o olhar de Damiana que acompanha um recorte no tempo nas vidas de personagens vivendo no limite entre os sonhos e a desesperança.
Deusa Menina. Direção: Juane Vaillant | Vitória, ES | Ficção | 18 min 22“ | 2024
Catharina é uma menina negra de dez anos que foi a primeira pessoa a nascer no planeta Ilha. As divindades locais, Tempo e Destempo, acreditam que ela possa ser a nova deusa e decidem conviver com a menina para ter certeza dessa escolha.
Aquilo que vem do começo do mundo. Direção: Beatriz Lindenberg | Vitória, ES | Doc. | 18 min | 2023
“Benzedeiras” traz relatos sobre rituais e práticas populares de cura para o enfrentamento de desequilíbrios físicos e aflições espirituais.
Roda de Conversa com Metá Metá
Música e Revolução: criação, quebra de padrões estéticos e resistência cultural num país chamado Brasil.
Metá Metá significa, em língua iorubá, “três em um”, e é justamente essa força e fusão que sentimos quando ouvimos o trio formado por Juçara Marçal (voz), Kiko Dinucci (guitarra) e Thiago França (saxofone). Nesse bate-papo com o trio considerado um dos grupos mais prestigiados e representativos do recente cenário musical paulistano e brasileiro e que tem à frente o encantamento da liderança feminina da artista Juçara Marçal, vamos pensar a música brasileira a partir desse território fértil de criação, revolução e novas formas de representação. Um convite para transcender os estereótipos e ouvir a premiada banda independente que revoluciona o cenário musical brasileiro e anda com passos intencionalmente tortos às margens das trilhas indicadas pelo mercado.
Metá Metá
O trio é reconhecido por trabalhar com a diversidade de gêneros musicais brasileiros (com influência da música latina, free jazz e punk rock.), em sua música somos teletransportados para a força ancestralidade e muitas vezes para a aridez do Brasil. utilizando arranjos econômicos que ressaltam elementos melódicos e signos da música de influência africana no mundo quebrando padrões estéticos e criando diálogos sensíveis e profundos com o cenário social, político e artístico do país. Entre seus principais discos estão Metá Metá (2011), MetaL MetaL (2012), MM3 (2016), vencedor do prêmio APCA de melhor disco do ano, Gira (2017), trilha sonora para o grupo O Corpo e a cloletânea de Eps Igba (2020). Em 2017, Mm3 foi indicado ao Grammy Latino de 2017 de Melhor Álbum de Rock ou Alternativo em Língua Portuguesa, o trio também já se apresentou nos melhores festivais internacionais como Roskilde, Transmusicales, Womed e Primavera Sound.