Credenciamento
PAINEL 1 – Arte e Inteligência Artificial: subversão ou submissão?
O que se entende por inteligência artificial? Será uma versão melhorada do ser humano? Ou uma mistura de piloto automático com uma espécie de escravizado autônomo?
Como trabalhos artísticos podem desconstruir as lógicas dominantes?
A proposta deste painel é que artistas e pesquisadoras discutam vieses racistas, impactos nas indústrias criativas e, sobretudo, como a arte tensiona e se apropria do repertório tecnológico das IAs.
Mayara Ferrão
é artista visual, cineasta e diretora criativa, bacharela em Artes Plásticas pela UFBA. O seu processo artístico se dá por múltiplas linguagens e experimentações; fotografia, audiovisual e ilustração (@verdadetropical). Se apropria das diversas linguagens e tecnologias de imagem e vídeo para produzir, construir, disseminar e pautar narrativas de corpes negres, origináries e dissidentes. Sua vivência enquanto mulher negra e periférica soteropolitana, sua ancestralidade, signos, ritos e elementos da cultura afro-brasileira, questões de gênero, raça e classe são fontes de inspiração e pesquisa da artista.
Bia Ritzz
biarritzzz (1994, Fortaleza, vive e trabalha em Recife, Brasil) é artista transmídia antidisciplinar e investiga linguagens, códigos e mídias. Acredita na magia e na baixa resolução como contra narrativas importantes para viver a atual disputa cosmológica de realidades. Participou de exposições no MAM Rio, Museu do Amanhã, Kunsthall Trondheim, State Of Concept Athens, Delfina Foundation, plataforma Satélite (Pivô Arte e Pesquisa), A.I.R Gallery, Centro Cultural São Paulo, The Wrong Biennale, FILE, The Shed NY, entre outros. Integra os acervos Rhizome Artbase (New Museum), KADIST Foundation e Instituto Moreira Salles. Indicada ao Prêmio Pipa 2023 e novamente em 2024.
Giselle Beiguelman
É artista e professora da FAU-USP. Pesquisa acevos e métodos de preservação de aruivos nato-digitais, arte e ativismo na cidade em rede e as estéticas da memória no século 21. É coordenadora do Projeto Temático Fapesp Acervos Digitais e Pesquisa: arte, arquitetura e design e autora de Políticas da imagem: vigilância e resistência na dadosfera (UBU Editora, 2021; 2a ed. 2023) e Memória da amnésia: políticas do esquecimento (Edições Sesc, 2019), entre outros. Suas obras artísticas integram acervos de museus no Brasil e no exterior, como ZKM (Alemanha), Jewish Museum Berlin, MAC-USP e Pinacoteca de São Paulo. Em seus projetos recentes investiga a construção do imaginário colonialista das artes e das ciências com recursos de Inteligência Artificial. Recebeu vários prêmios nacionais e internacionais.
Raquel Garbelotti
É artista, pesquisadora e professora do Departamento de Artes Visuais da UFES. Doutora pela ECA/USP (2011) e Pós-doutorado no CTR/ USP. Pesquisa problemas da vídeo-instalação e o cinema de exposição. Realizou diversas exposições no Brasil e no
exterior, entre elas: (Boa Vista) 25ª Bienal de São Paulo em 2002; projeto (JUNTAMENTZ) para Translations/Traduções na WARC em Toronto/ CA (2006); 8a Bienal do Mercosul – Ensaios de Geopoéticas em Porto Alegre/ BR (2011); Mise-en-Scenne: Maquete (Contracondutas) em São Paulo 2017 e O Porão (Galeria Marília Razuk) em São Paulo – coletiva 4X5 (2021).
Abertura e homenagem à Julieta Hernández e à Mãe Bernadete, e apresentação do Manifesto CineMarias 2024
Boas-vindas e agradecimentos + Homenagem à Mãe Bernadete e à Julieta Hernández + Apresentação ao vivo do Manifesto CineMarias 2024 com Caju e Jenni
Sessão + Bate-papo
Filme CINEMARIAS + Sessão 1 Longa convidado “Levante” (1h40)
Debate sobre o filme com a Gabriela Alves e Bia Barros * (a confirmar)
Gabriela Alves
Professora do Departamento e do Mestrado em Comunicação Social da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. Doutora em Comunicação e Cultura (Eco/UFRJ), onde também concluiu Pós-doutorado. Integra o grupo de pesquisa CIA (Comunicação, imagem e afeto/CNPq) e o LapVim (Laboratório de pesquisas sobre enfrentamento à violência contra mulheres/Ufes). Desenvolve pesquisas sobre audiovisualidades e claustros femininos. Realizadora audiovisual.
Bia Barros
Beatriz de Barros Souza é Professora permanente no Mestrado em Políticas Públicas e Desenvolvimento Local da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (Emescam, 2023-atual) e integrante da FLAES (Frente pela Descriminalização e Legalização do Aborto no ES), com formação interdisciplinar em Psicologia (Doutorado – UFES/CNPq, 2022), Direitos Humanos (Mestrado – USP, 2017), e Relações Internacionais (Bacharelado – PUC-SP, 2011).
Sessão CineMarias
SESSÃO 2 – Sessão Corpoéticas no Mundo: Atravessamentos e Recriações de Nós
Curadoria de Kênia Freitas
Filmes
Dulce (Lucélia Benvinda, Minas Gerais, 2024, 15 min
Sinopse: Sineide compartilha suas dores, vivências e memórias circenses como acrobata, mulher e mãe, nascida no picadeiro.
Uma mulher comum (Debora Diniz, DF/Argentina, 2024, 20 min) Documentário)
Sinopse: O que de um lado da fronteira é permitido, do outro pode levar à prisão. Scarleth é brasileira, casada e mãe de três filhos. Acompanhada da mãe, viaja à Argentina para um aborto legal e seguro. As duas mulheres se deparam com a coragem de gerações de argentinas em defesa da democracia e da vida.
Cartas pra mim (Marina Vergueiro, Havana/SP, 2022, 17 min) Documentário)
Sinopse: No aniversário de 10 anos de seu diagnóstico de HIV, a poeta Marina Vergueiro viaja para Cuba e descobre a história de Caridad, uma mulher que há 20 anos se injetou com sangue infectado por HIV quando se descobriu lésbica e não teve o apoio da família. Intrigada e curiosa pela história de Cari e intrigada para entender seus próprios traumas causados pela infecção que a impedem de se entregar ao amor, Marina a busca por todos os lados e, diante da dificuldade em encontrá-la em uma Cuba devastada pela pandemia de Covid-19, entende que a busca por Caridad ganha contorno bem mais íntimo.
Pedagogias Da Navalha | Se a palavra é um feitiço, minha língua é uma encruzilhada
(Alma Flora, Colle Christine e Tiana Santos, Rio de Janeiro, 2023, 15 min) Híbrido
Sinopse: Pedagogias Da Navalha é um documentário de linguagem híbrida partindo do conceito “Oferenda fílmica” que é uma pesquisa realizada por Milena Manfredini e tem o seu roteiro assentado na poesia e na oralidade para realizar um ritual de ebó não linear para fortalecer a história ancestral da identidade e entidade travesti removendo os seus estigmas, traumas e marginalizações.
Kênia Freitas
Professora de Cinema e Audiovisual da UFS. É doutora em Comunicação e Cultura pela UFRJ. Atua também como pesquisadora e crítica. Foi curadora das salas do Cinema do Dragão e realizou diversas curadorias, como a Afrofuturismo: Cinema e Música em uma Diáspora Intergaláctica, e a sessão PretEspaços, na Mostra Audiovisual Preta (L MINA). Possui pesquisa e textos publicados sobre Afrofuturismo, Cinema Negro e Crítica de Cinema. Integra o FICINE – Forúm Itinerante de Cinema Negro.