Confira o que rolou na 2A Mostra CineMarias 

Evento reúne mais de 250 mil pessoas conectadas nas redes e cerca de 3 mil pessoas circulando pelos espaços de forma presencial. Ao todo, 21 atividades culturais gratuitas foram realizadas

Entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro no Cine Metrópolis (Ufes), a 2A Mostra CineMarias reuniu mais de 250 mil pessoas conectadas nas redes do projeto e cerca de três mil pessoas circulando pelos espaços de forma presencial, que puderam participar de uma programação educativa extensa que contou com a exibição de 22 filmes na sala de cinema, lançamento da exposição fotográfica “Griôs capixabas – Matriarcas da Terra” e a websérie Bravas, ambas produzidas pelo CineMarias.

Além disso, foram realizados quatro painéis, dois workshops, um masterclass, três bate-papos, uma formação, uma palestra e o lançamento de quatro curtas inéditos produzidos nos LABs de 2023. Cerca de 30 pessoas também foram atendidas pelas ações do Juizado Itinerante da Lei Maria da Penha e de retificação de nome e gênero, uma ação em parceria com a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comvides) e a OAB.

A programação diversificada da Mostra buscou lançar luz sobre a produção audiovisual brasileira e capixaba, dando voz à narrativas muitas vezes invisibilizadas. O tema central deste ano, “Corpos (In)Visíveis”, aborda o corpo como um território de significados e histórias, especialmente os corpos das identidades femininas pretas, pardas e indígenas e suas múltiplas interseccionalidades, que foram invisibilizados ao longo dos anos.Houve discussões sobre cinema e melodrama decolonial, cena independente, história do Brasil e narrativa anticolonial,e muito mais. 

Na ocasião, também foi homenageada Lia de Itamaracá, considerada a maior voz da ciranda brasileira, Patrimônio Vivo de Pernambuco e Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Sua trajetória como atriz, dançarina, compositora e cantora revolucionou a forma de fazer ciranda, e, desde então, ela tem conquistado palcos e telas ao redor do mundo. Já participou de diversos filmes, entre eles como Bacurau e, recentemente, foi atriz e trilha sonora do curta-metragem Ciranda Feiticeira, estreado no 13º Supertoon International Animation & Comics Festival, em Sibenik, na Croácia, no último 26 de julho.

Lia também realizou o show cirandar, proporcionando ao público capixaba a sua primeira apresentação no ES. Quem mais agitou a noite foi a rapper indígena Katú Mirim, que por meio das suas letras reconta a história da colonização pela ótica indígena. Sua arte e conteúdos são sobre as temáticas que atravessam sua vida, identidade, gênero, lesbianidade e maternidade; além da apresentação da capixaba Afronta, que nos últimos anos vem levando através de sua voz a potência do rap para diversos lugares do Brasil enquanto uma MC. A artista busca retratar o talento e a excelência de pessoas trans, pretas e periféricas. Sua arte é a própria definição do que seu nome significa. 

E pra quem ainda não conhece ou já sabe como funciona uma festa da aparelhagem, manifestação típica do Pará que traz uma mistura riquíssima de culturas musicais, como tecnobrega, funk e Pop Internacional,participou do evento a DJ Jamboo com um sete repleto de brasilidades com atenção especial à toda tremedeira da música produzida no Norte e Nordeste do Brasil. 

icon_insta

@cinemarias

Assine nossa newsletter

para receber atualizações:

You have been successfully Subscribed! Ops! Something went wrong, please try again.

Entre em Contato